Alternativas ao Açucar


Até cerca de 300 anos atrás a humanidade não usava aditivos doces na sua dieta ordinária. Os povos antigos, civilizações passadas, brilhantes exércitos não conheciam o famoso aditivo doce. O mel era usado eventualmente, mais como remédio. Este processo histórico prova que o açúcar branco é desnecessário como alimento. Foi só a partir dos dois últimos séculos que o açúcar começou a ser produzido e consumido de forma cada vez mais intensa. Com a sofisticação da técnica, purificou-se mais ainda o açúcar de cana retirando-se dele apenas a sacarose branca. Hoje somos uma civilização, consumidora de milhares de toneladas diárias de açúcar.
O corpo humano não necessita de açúcar branco. O que é realmente necessário é a glicose. Lembramos que 100 por cento dos carboidratos (farinhas, cereais, açúcar das frutas, etc.) transformam-se em glicose, 60 por cento das carnes ingeridas e até mesmo 15 por cento das gorduras e óleos também se convertem em glicose; é assim que normalmente mantemos as necessidades bioquímicas do corpo.
O açúcar é descalcificante, desmineralizante, desvitaminizante e empobrecedor metabólico. Açúcar não é “alimento”, mas um poderoso “antinutriente”, um grande ladrão.
Devemos entender que a alimentação comum, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes de glicose que são armazenadas no fígado sob a forma de glicogênio; em situações de necessidade essas reservas de energia são mobilizadas e entram na circulação sanguínea.
Hoje, ingerimos mais “energia” do que precisamos. Paradoxalmente, quem come muito açúcar fica dependente organicamente do mesmo e tende a ter menos força. Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos, que não podem fazer quase nada sem usar um pouco de doce.

Actualmente, podemos encontrar açúcar em quase todos os produtos, desde o pão, chocolates, bolos, rebuçados, cereais de pequeno almoço, refrigerantes, etc. A maioria de nós nem se dá conta da quantidade de açúcar que ingere diariamente.

Algumas verdades sobre o açúcar:

. O açúcar não é digerido na boca, chega muito rapidamente ao estômago, o que provoca uma reacção massiva de sucos gástricos. A reacção de secreção embala-se o que provoca a hiperacidez estomacal conduzindo à aparição de gastrites e úlceras estomacais.
. Uma vez que a sua assimilação é feita ao nível dos intestinos e o açúcar não tem qualquer tipo de vitamina do grupo B, o organismo mobiliza as reservas de vitamina B do corpo. Uma vez que as vitaminas do grupo B regem os fenómenos de calcificação, o consumo da sacarose bloqueia a calcificação, conduzindo ao primeiro efeito de descalcificação dos ossos, dentes e sistema nervoso.
. O açúcar descalcifica também porque provoca uma hiperacidez estomacal. Para mantermos um pH do sangue na zona da saúde, mobilizamos sais alcalinos que constituem a reserva mineral do corpo, particularmente sais de cálcio e de magnésio. Neste processo dá-se o segundo efeito descalcificante. Segundo alguns autores, uma colher de chá de açúcar rouba minerais ao organismo durante 3 horas seguidas.
. O açúcar bloqueia o metabolismo de magnésio, um elemento sinergético de calcificação. O magnésio desempenha um papel importante nas moléculas que constituem os corpos imuno-protectores.
. O açúcar tem um feito negativo sobre o sistema nervoso parasssimpático e os órgãos por ele comandados. O cerebelo torna-se mais passivo, o que diminui as capacidades intelectuais.
. Segundo o Dr. Kendall, este produto provoca lesões arteriais e afecta o sistema cardiovascular.
. O Dr. Brckitt demonstrou que a ausência de fibras no açúcar contribui para o aumento de diverticulite e de cancro no cólon.
. A sacarose (significa açúcar, estou a evitar utilizar o termo tantas vezes) diminui as defesas do organismo, ao neutralizar a acção imunitária dos glóbulos brancos.
. O açúcar é a causa número um da diabetes e contribui de uma forma muito séria para um problema muito comum nos tempos actuais, hipoglicemia ou níveis baixos de açúcar no sangue; se sofre de hipoglicemia e pensa que comer sacarose resolve o problema, está enganado - a sacarose cria um círculo vicioso de hipoglicemia do qual é muito difícil sair.
. Para além de todas as razões enunciadas, que espero o façam pensar duas vezes sempre que decida comer este alimento, o açúcar contribui para a obesidade, trombose coronária e infecções primárias nos intestinos.
Fonte: Instituto Macrobiótico de Portugal

A este propósito há um artigo extremamente interessante, aconselho vivamente esta leitura, que desmistifica todos os mitos à volta do açucar: http://macrobiotica-br.blogspot.pt/2009/02/acucar.html


Assim, existem sempre no mercado imensas alternativas ao açúcar, naturais e bem mais saudáveis.
Apenas uma nota: se reduzirmos o consumo de produtos animais e começarmos a comer no dia a dia hidratos de carbono complexos (presentes nos cereais, vegetais, feijões), deixamos de ter desejo por alimentos muito doces. É aí que entram estes maravilhosos adoçantes, que conseguem sempre compensar aqueles apetites. 

. Geleia de Arroz: este xarope equilibrado, com um grande teor de maltose e de hidratos de carbono complexos, é absorvido de uma forma lenta e gradual na corrente sanguínea; tem uma doçura subtil e um sabor rico. Este xarope utiliza cevada germinada para criar um adoçante equilibrado, cujo segredo está na fermentação enzimática.
. Malte de Cevada: este adoçante é semelhante ao malte de arroz, mas o arroz é substituído por cevada e a cevada germinada transforma os amidos do cereal num adoçante complexo que é digerido gradualmente.
. Geleia de Trigo: 
 de sabor bastante neutro e agradável, é absorvido de uma forma lenta e gradual na corrente sanguínea.
. Geleia de Milho: mantendo os benefícios do cereal, é também uma alternativa bastante saudável. De sabor um pouco mais pronunciado, óptimo para sobremesas, como por exemplo crepes.
. Xarope de Seiva: o xarope de seiva original, desenvolvido pelo Dr. Beyer, permite: desintoxicar; reduzir eficazmente o peso; eliminar gorduras localizadas; obter um ventre mais liso e redução do volume; obter maior elasticidade do corpo; obter um aspecto mais juvenil.
. Geleia de Agave: xarope feito a partir de uma planta mexicana. O Agave é uma óptima opção para quem gosta de doce e não pode consumi-lo. Rico em antioxidantes, ferro, cálcio e magnésio.
. Fruta: Purés de fruta, manteigas ou pastas de fruta seca ou cozinhada são adoçantes excelentes uma vez que contêm menos água, o que concentra o sabor e conteúdo natural do açúcar.
Amasake: um adoçante tradicional no Oriente, produzido a partir de diferentes cereais, geralmente arroz integral; tem uma consistência espessa e a textura de um pudim.

Os adoçantes acima mencionados, são os naturalmente mais saudáveis e que devem ser utilizados com mais regularidade; outros adoçantes naturais possíveis são o mel, a frutose, os sumos de fruta concentrados. Utilize-os com muito mais moderação, apenas em situações especiais.
. Frutose: este açúcar simples refinado, tem a mesma estrutura molecular do açúcar da fruta; é cerca de duas vezes mais doce do que o açúcar branco, no entanto liberta glicose na corrente sanguínea mais lentamente. Contudo, a frutose pode subir os níveis de triglicéridos, particularmente em pessoas com um estilo de vida mais sedentário.
. Mel - uma abelha necessita de toda uma vida para produzir uma colher de sopa de mel. O mel consiste essencialmente de glucose e frutose e é duas vezes mais doce do que o açúcar, sendo muito rapidamente absorvido na corrente sanguínea. O mel, se produzido na sua zona geográfica, pode ajudar a combater a febre dos fenos e ser útil nalguns problemas cardíacos. É também bastante usado na medicina ayurvédica.